Embora a iniciativa represente um passo rumo à modernização, os custos gerais para obtenção da habilitação continuam elevados e fora do alcance de grande parte da população.
A eliminação da impressão física pode reduzir despesas administrativas, mas permanece incerto se essa economia será de facto repassada aos condutores. O Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INATRO) foi encarregado de implementar essa mudança, mas ainda não há detalhes sobre o impacto real na taxa de emissão, que actualmente é de 2.500 MT.
Além disso, o maior obstáculo para os condutores não está somente nas taxas oficiais, que somam 4.685 MT, mas nos elevados custos das escolas de condução, que variam entre 7.000 MT e 10.300 MT. No total, um cidadão precisa desembolsar entre 11.685 MT e 14.985 MT para obter a carta de condução, um valor significativo considerando a realidade socioeconómica do País.
Sem medidas concretas para reduzir os custos do ensino prático e teórico, a digitalização da carta pode se revelar uma solução superficial. Se o governo pretende tornar realmente o processo mais acessível, será necessário um plano mais abrangente, incluindo subsídios, fiscalização rigorosa dos preços praticados pelas escolas e políticas inclusivas para os candidatos de baixa renda.
Por enquanto, a promessa de redução de custos permanece no campo das intenções. Resta saber se a digitalização vai trazer alívio financeiro real ou se será apenas uma modernização burocrática sem impacto directo no bolso dos cidadãos
1 Comentários
Há muitos escola com taxas muito elevadas para fazer exames, e isso não é justo
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