
Toda gente vende avião neste País, toda gente aluga avião”, revelou João Matlombe, Ministro dos Transportes e Logística.
O Ministro explicou que ao nível do Governo avaliaram três cenários em relação a LAM. “O primeiro cenário era de privatizar a empresa. Privatizando a empresa, ela já esta técnica e financeiramente falida. Portanto, não é uma solução obviamente que atrai qualquer investidor. A 2ª opção, obviamente seria também buscar um parceiro privado para entrar na LAM, mas ninguém se interessaria em entrar na LAM no contexto em que empresa se encontra, tendo em conta que ela tem problemas estruturais graves e o Governo tem que resolver para o bem da própria empresa e a 3ª opção é essa que é do Governo assumir e reestruturar e já começou a ser feita, e neste momento a demora surge devido à complexidade da operação e também da fiscalização atenta que estamos fazendo como governo.”
“Há várias entidades, muitas de boa-fé e com muita vontade. Todos têm soluções para a LAM, felizmente todos que nos aproximam têm soluções para a LAM e a solução é sempre a mesma alugar aviões. É mecanismo que estamos fazendo como Governo e não é o caminho que nós queremos. Queremos ter uma empresa autónoma, funcional e viável, para isso não só vamos investir, mas temos que reduzir as despesas, e para reduzir as despesas significa que vamos fazer cortes bastantes significativos na estrutura de gestão da LAM. É bom que fique claro e nós temos sabido alertar isso ao Conselho de Administração e também aos próprios colaboradores, haverá cortes por forma a permitir que empresa tenha mais ou menos sustentabilidade, não vamos colocar dinheiro enquanto não definimos os critérios de funcionamento de uma empresa viável”, defendeu Matlombe.

Segundo o Ministro dos Transportes e Logística, “toda demora que estamos tendo é resultante de conflitos de interesses, conflito de grupos que procuram sequestrar a empresa e o Governo nunca vai deixar. Portanto, os accionistas estão trabalhando para ter uma empresa credível. Estão a fazer um trabalho bastante minucioso e nós estamos acompanhando. E toda a pressão que estamos tendo quer ao nível interno na empresa, quer ao nível mais ou menos externo dos parceiros visa manter o status quo. Visa manter o estágio actual. Visa manter a forma obviamente como a empresa continua a funcionar. Todos têm soluções e a solução de todos converge, vamos alugar aviões, vamos reestruturar, e como disse são válidas porque as pessoas não sabem qual é o plano que está em curso para esta reestruturação. Vamos deixar que os accionistas trabalhem na implementação das orientações que o Governo deu”.
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