A Fastjet Moçambique planeia relançar as suas operações neste ano, conforme avança a Chaviation, na sua edição de Sexta-feira

 

A Fastjet poderá retomar suas operações num momento de extrema procura, uma vez que as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) não estão conseguindo responder à demanda e aos constantes escândalos e rombos financeiros.

Na ocasião, o grupo disse que tomou a decisão após incorrer em perdas de US$ 2,4 milhões durante o primeiro semestre de 2019, juntamente com o “contínuo excesso de oferta de assentos disponíveis por outras companhias aéreas”.

As receitas da Fastjet Moçambique também caíram para US$ 1,9 milhão nos primeiros seis meses do ano, ante US$ 4,2 milhões no primeiro semestre de 2018. A suspensão ocorre quase dois anos após a companhia aérea iniciar seus serviços no país.

“O impacto financeiro prejudicial dos desafios contínuos de oferta e demanda significa que suspender nossas operações em Moçambique é a ação correta neste momento”, disse Mark Hurst, presidente-executivo interino da Fastjet.

“No entanto, continuamos comprometidos com Moçambique, monitoraremos o ambiente de mercado de perto e esperamos retornar lá quando a situação melhorar.”

Em um comunicado, o grupo acrescentou que a concorrência no país começou a se intensificar no final de 2018 com a entrada da Ethiopian Airlines como transportadora doméstica.

Este aumento na oferta, juntamente com dois ciclones tropicais de categoria 5 no início de 2019 que “suprimiram” a procura de passageiros, levou a Fastjet a reduzir a frequência nas rotas e a reduzir a capacidade global em Moçambique.

A redução na capacidade levou à diminuição da receita e ao aumento das perdas durante o primeiro semestre de 2019.

De acordo com o OAG Schedules Analyser, a Fastjet Moçambique, na altura a companhia operava seis rotas domésticas utilizando aeronaves Embraer 190 e RJ145. Tendo em Outubro de 2019, a empresa apresentada 6.082 assentos disponíveis, com a maior capacidade distribuída em seu serviço da capital Maputo para Beira, cidade na região central do país.

Dados da OAG mostraram que, na altura, que a companhia aérea teve uma participação de 15,4% na capacidade dos assentos disponíveis em Moçambique, posicionando-se como a terceira maior companhia aérea em capacidade. A LAM Moçambique Airlines detinha a maior participação, com 46,6%, enquanto a Ethiopian Airlines ocupa a segunda posição, com 16,5%.

A Fastjet afirmou na ocasião que a suspensão de voos em Moçambique não afectava seus serviços no Zimbábue, que continuou operando entre Harare, Joanesburgo, Bulawayo e as Cataratas de Vitória. A empresa espera incorrer em custos de cerca de US$ 150.000 após a decisão sobre Moçambique. 

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