A sul-africana Fly Modern Ark (FMA), que liderou a primeira tentativa de reestruturação da transportadora estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), manifestou na Quinta-feira, 8 de Maio, abertura para cooperar na auditoria forense às contas da empresa aérea.

“A FMA foi nomeada de forma legal e transparente pela anterior administração moçambicana para liderar a reestruturação provisória da LAM durante um período de grave instabilidade financeira e operacional. Em momento algum estivemos sob investigação. Pelo contrário, a nossa equipa tem cooperado activamente com as autoridades e o poder judicial”, referiu a entidade por meio de uma nota.

Segundo a FMA, o problema da LAM está ligado a supostas “redes internas responsáveis pelo roubo e pela má gestão”, acusando a transportadora nacional de violar o acordo entre as partes ao pagar só a metade da factura final.

“Como resultado desta violação, a FMA foi obrigada a iniciar processos legais, incluindo a penhora de uma propriedade residencial num subúrbio de luxo de Joanesburgo, avaliada em três milhões de rands. Apesar destas questões financeiras não resolvidas, reafirmamos a nossa disponibilidade para cooperar com o actual Governo”, concluiu.

Há vários anos que a LAM enfrenta problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à deficiente manutenção das aeronaves.

O Ministério Público (MP) já abriu um processo para investigar a contratação da sul-africana Fly Modern Ark (FMA), que tinha como missão reestruturar a LAM que apresenta, há anos, uma situação financeira crítica. 

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