Ângela Leão ainda continua presa

 

Contrariamente ao que foi veiculado por diversos órgãos de comunicação social nos últimos dias, de que Ângela Leão, esposa de Gregório Leão estava em liberdade condicional desde o dia 19 de Maio, juntamente com Cipriano Mutota e Fabião Mabunda, no âmbito das dívidas ocultas, o facto é que segundo fontes próximas da família e do processo, ela ainda continua presa, mesmo diante do parecer do Tribunal Supremo (TS).

Ângela Leão foi condenada a 11 anos de prisão maior no âmbito do julgamento do caso das dívidas ocultas, mas o Tribunal Supremo ordenou que ela fosse solta sob liberdade condicional em resposta ao recurso dos advogados e os juízes do TS anuíram que deve ser aplicado ao caso das dívidas ocultas o Código Penal de 2014, que determina a liberdade condicional depois do cumprimento da metade da pena de prisão.

No acórdão do TS datado de 15 de Abril, os juízes conselheiros avançam que “se a nova lei agrava os pressupostos para o benefício da liberdade condicional, com extensão do período de cumprimento da pena de prisão, aplicar-se-á a lei anterior, vigente ao tempo da prática do crime e da instauração do procedimento criminal. Não é razoável, por afronta ao princípio da legalidade, aliado aos princípios da segurança jurídica e da protecção da confiança que o arguido seja surpreendido com o agravamento das normas incriminadoras e da execução das sanções criminais, numa fase em que foi já acusado, pronunciado, julgado e condenado, com aplicação da legislação penal anterior.”

“Nestes termos e, pelo exposto, dando provimento ao recurso, revogam o despacho recorrido e determinam que o Tribunal recorrido conheça do pedido de liberdade condicional, formulado pela recorrente Ângela Dinis Buque Leão.”

No entanto, com o parecer do TS, Fabião Mabunda e Cipriano Mutota, usaram os argumentos, tendo o Tribunal anuído e comunicado a direcção da Cadeia do Língamo e foram concedidos a liberdade condicional, estranhamente, após receber o acórdão do TS, o Juiz do TSR ficaram no silêncio e não contactaram a direcção cadeia civil atempadamente, tendo começado o processo há dias, esperando-se assim que a qualquer momento Ângela Leão e outros arguidos do mediatizado processo sejam libertos com base nos mesmos pressupostos.

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