Mataram um português a tiros durante tentativa de sequestro na Machava

De acordo com relatos de testemunhas, o ataque ocorreu em plena luz do dia. A vítima foi imediatamente levada para o Hospital Geral José Macamo, onde acabou sendo constatado o óbito pelos serviços de emergência.

José Pedro Silva era filho do dono da empresa Sotubos, que operava com várias filiais na província de Maputo. Sua morte se soma à crescente lista de vítimas da criminalidade violenta que assola o país, alimentando um clima de medo generalizado entre a população.

Em reacção ao ocorrido, o Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) emitiu um comunicado condenando veementemente o crime e criticando a passividade do Estado diante da escalada da insegurança. “Esta tragédia é mais um capítulo da longa e vergonhosa crônica de violência que consome Moçambique a olhos vistos”, diz a nota.

A organização aponta o dedo para a inoperância das autoridades, denunciando a impunidade com que redes criminosas atuam em diversas áreas urbanas. Para o CDD, a morte de José Pedro Silva “não é um caso isolado”, mas o reflexo de um sistema de segurança pública em colapso, onde o cidadão comum está cada vez mais vulnerável.

No mesmo comunicado, o CDD exige:

A responsabilização imediata das autoridades pela sua passividade;

Investigações céleres e transparentes sobre casos de sequestro, extorsão e homicídio;

O desmantelamento das redes criminosas e dos seus aliados nas instituições do Estado;

A adopção de medidas urgentes de protecção para a população.

“Chega de impunidade. Chega de silêncio. Chega de normalizar a morte”, conclui o comunicado, ecoando a dor e o clamor de muitas famílias moçambicanas que vivem hoje sob constante ameaça.


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