A Contradições do governo levam profissionais de saúde a prorrogar greve

 


A Associação dos Profissionais de Saúde (APSUSM) comunicou hoje a prorrogação da greve iniciada em 17 de Abril de 2025. A decisão deve-se à contínua falta de observância no pagamento de horas extras, subsídios de turno, bem como a ausência de pagamentos relativos às transferências de profissionais de saúde.

Apesar da criação de uma equipa multissectorial, por orientação da Primeira-Ministra, a APSUSM afirma que esta se tem mostrado ineficaz no cumprimento das suas funções, “faltando à palavra dada, sem demonstrar consideração pelas recomendações previamente estabelecidas pelo próprio governo”.

No último encontro realizado no Ministério da Administração Estatal e Função Pública, foi orientado que as negociações deveriam ser conduzidas pelo Ministério da Saúde. Contudo, a APSUSM denuncia que esses encontros não têm produzido os avanços desejados, mantendo um impasse que afecta directamente a dignidade e o bem-estar dos profissionais do sector.

Um dos pontos mais preocupantes para a Associação é a contradição entre o reconhecimento formal da dívida pelo Governo e a negação reiterada por parte do Ministério da Saúde. Em uma reunião recente com a presença do Ministro da Saúde, Secretário Permanente e outros representantes, foi alegado o “completo desconhecimento dessa dívida, posição que contraria frontalmente os dados, documentos e solicitações já submetidas pela Associação”.

A Associação reafirma ter entregue todas as informações e documentos solicitados pelo Ministério da Saúde, incluindo listagens completas dos funcionários abrangidos pela dívida. Na ausência de respostas e acções concretas, a greve dos profissionais de saúde foi prorrogada a partir de hoje, 17 de Junho de 2025.

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