Moçambique permanece entre os países africanos mais pobres em termos de rendimento per capita, segundo as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2025, que colocam o País no grupo das dez economias mais fragilizadas do continente.De acordo com o relatório, o Sudão do Sul lidera o ranking da pobreza mundial, com um rendimento médio anual por habitante de apenas 251 dólares – menos do que muitos cidadãos noutros países gastam, em média, por mês em mercearias. Este número oferece um retrato profundo das desigualdades globais.
A África Subsaariana domina a lista das economias mais pobres de PIB per capita, evidenciando as dificuldades estruturais que continuam a travar o crescimento inclusivo: conflitos crónicos, instituições frágeis e desenvolvimento industrial limitado. Moçambique, mesmo com os seus recursos naturais e potencial energético, mantém-se nesse grupo.
Países com grande dimensão populacional e económica, como a Nigéria, surgem igualmente no ranking, ocupando o 12.º lugar, com um rendimento per capita de 807 dólares. Tal como a Índia, que figura entre os 50 países mais pobres, com um rendimento per capita de 2878 dólares, estes casos demonstram como os números globais mascaram as condições de vida reais da maioria da população.Mais preocupante ainda é o fosso entre os países mais pobres e os moderadamente pobres: o rendimento médio do Sudão do Sul representa apenas um décimo do da Índia, apesar de ambos figurarem na mesma tabela.
A nível mundial, África alberga cerca de 19% da população global, mas contribui com apenas 3% do PIB mundial, avaliado em 113 biliões de dólares, o que expõe as profundas desigualdades no sistema económico internacional.Embora o PIB per capita seja apenas um dos indicadores possíveis, ele revela com clareza as dificuldades vividas pelas populações e a urgência de acelerar o crescimento inclusivo.
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