Segundo Daniel Chapo, que é também o Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, Moçambique continua a necessitar do apoio militar externo para combater o terrorismo que afecta a região norte do país desde 2017.
“Quando a casa está a arder, precisa-se do apoio dos vizinhos. Cada um pode trazer um balde de água, um tambor, uma botija para ajudar a apagar o fogo. É extremamente importante perceber que as forças estrangeiras são necessárias”, afirmou Chapo.
Citado pela RFI, o estadista moçambicano destacou o papel da Missão da SADC (SAMIM), já concluída, e a actual presença das tropas do Ruanda como fund
amentais na luta contra os grupos terroristas que têm assolado as províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa.
Apesar da permanência das tropas estrangeiras, Daniel Chapo deixou claro que a intenção de Moçambique é alcançar uma situação de estabilidade que permita a sua retirada.
“Tem de chegar um ponto óptimo em que vamos dizer: muito obrigado pelo apoio, achamos que agora estamos em condições de defender a pátria sozinhos. Não é para os vizinhos ficarem permanentemente lá em casa. Depois de apagarem o fogo, cada vizinho volta para a sua casa, e nós reconstruímos a nossa”, acrescentou.
O terrorismo em Cabo Delgado teve início em Outubro de 2017 e já provocou milhares de mortos e deslocados. Os ataques têm vindo a alastrando-se progressivamente para outras províncias do norte do País.
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