O Tribunal Comercial de Londres decidiu colocar os herdeiros de Iskandar Saka na lista dos arguidos no processo das dívidas ocultas. Com esta decisão, aquele Tribunal pretendeu obrigá-los a indemnizar o Estado moçambicano, uma vez que Safa e Privinvest foram considerados considerados culpados por corrupção de Manuel Chang.
O dono da Privinvest perdeu a vida em Janeiro do ano passado, por sinal antes da sentença ser proferida, daí que o Estado moçambicano, representado pela Procuradoria – Geral da República pediu autorização para adicionar a viúva, Clara Martinez Thedy de Safa, e os filhos, Akram Safa e Alejandro Safa, como arguidos para continuar o processo.
o juiz Robin Knowles deu provimento ao requerimento do Executivo moçambicano, sublinhando que o seguimento do processo era essencial para completar a parte judicial e evitar um resultado injusto em que a decisão original não teria qualquer efeito legal no Líbano ou outro local, uma vez que a lei libanesa não reconhece a personalidade jurídica de pessoas falecidas ou de heranças.
Assim sendo, Knowles concedeu a autorização para a inclusão de novos arguidos, a alteração do processo e a notificação fora da jurisdição britânica, e rebaixou, por outro lado, que quaisquer questões acessórias remanescentes seriam tratadas posteriormente.
De lembrar que sentença proferida em Julho do ano passado no Tribunal Comercial de Londres, condenou a Privinvest a pagar cerca de 1,9 mil milhões de dólares em indemnização ao Estado moçambicano.
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