Depois de Joaquim Alberto Chissano, Armando Emílio Guebuza e Filipe Jacinto Nyusi, agora é a vez de Samora Moisés Machel ser homenageado pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a maior e mais antiga universidade do país, com o título de Doutor Honoris Causa.
Numa publicação feita na noite de sábado, na sua página do Facebook, acompanhado de um vídeo, a UEM anunciou a realização de uma cerimónia de outorga do Título Honorífico de Doutor Honoris Causa, a título póstumo, ao primeiro Presidente da República. O evento terá lugar amanhã, sexta-feira, 20 de Junho de 2025, em Maputo, cinco dias antes da celebração dos 50 anos da independência nacional.
No vídeo, de um minuto e seis segundos, a UEM diz que Samora Machel acreditava numa educação transformadora, numa governação moral e participativa e numa cidadania que começa com a verdade. Acrescenta que Machel fez da educação a sua arma e da liberdade a sua missão. A nota não clarifica em que área Samora Machel será homenageado.Samora Moisés Machel, que proclamou a independência nacional, a 25 de Junho de 1975, no Estádio da Machava, município da Matola, província de Maputo, será o quarto Chefe de Estado moçambicano a ser homenageado pela UEM, sendo o primeiro a título póstumo. Machel perdeu a vida a 19 de Outubro de 1986, num acidente aéreo, ocorrido em Mbuzini, na vizinha África do Sul.
O primeiro homenageado foi Joaquim Chissano, que em 2004 recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Ciências Sociais, em reconhecimento do seu trabalho político e diplomático. Em 2014, foi a vez de Armando Emílio Guebuza receber o título de Doutor Honoris Causa na especialidade da Economia do Desenvolvimento, em reconhecimento do seu trabalho em prol do desenvolvimento económico e social do país.
Já em 2022, a UEM atribuiu aquele título a Filipe Nyusi, em reconhecimento ao seu trabalho na área de Conservação da Biodiversidade e Mudanças Climáticas. De acordo com a UEM, o reconhecimento prendeu-se ao exercício do Chefe de Estado na luta pela implementação de medidas de conservação da biodiversidade e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Sublinhar que Joaquim Alberto Chissano, Armando Emílio Guebuza e Filipe Jacinto Nyusi receberam o título de Doutor Honoris Causa em pleno exercício das funções de Presidente da República, facto que levantou questionamentos do seu mérito.
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