Moçambique regularizou, no primeiro trimestre do presente ano, a totalidade da dívida externa vencida junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros Credores internacionais.A informação consta no Boletim Trimestral sobre a Dívida Pública, e o acto insere-se nos esforços do governo
moçambicano como forma de recuperar a credibilidade financeira do país após os atrasos registados no ano passado.
De acordo com o documento, a amortização serviu para cobrir o Serviço da Dívida ao abrigo da alocação dos Direitos Especiais de Saque, usados para financiar o Orçamento do Estado (OE).
A dívida externa do governo moçambicano junto do FMI e outros Credores internacionais situava-se em 3,4 mil milhões de meticais em, repartido entre 2,95 mil milhões de meticais em capital e 492,28 milhões em juros.
Portugal surgia como o maior credor bilateral, com 1,8 mil milhões de meticais por regularizar. Entre os credores multilaterais, o FMI liderava com 718,7 milhões de Meticais, seguido do Banco Islâmico de Desenvolvimento, com 206,24 milhões.
O relatório, justificou os atrasos, na amortização da dívida, em grande medida, à fraca arrecadação de receitas, influenciada pelo ambiente de instabilidade política após o processo eleitoral de 2024.
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